A área de Recursos Humanos vem ganhando forças e visibilidade para atuar na Gestão de Pessoas e auxiliar no desenvolvimento organizacional e isso só foi possível com a chegada da Gestão da Qualidade e os benefícios que a ISO 9001 trouxe para as organizações.
Além da certificação da ISO 9001 possibilitar maior credibilidade às organizações, também permitiu o aumento da produtividade. Por esses motivos, estamos vendo área de RH mais produtivas, focadas e em resultados aos negócios das organizações. Foi necessário que a área de Recursos Humanos se desenvolvesse e aprimorasse suas competências como área de Gestão Estratégica.
Dessa forma, é necessário que exista um RH mais participativo e integrado com a organização e que atue no planejamento estratégico na Gestão de Pessoas. Sabemos que as empresas possuem diversas necessidades que definem sua sobrevivência, ou até mesmo seu crescimento. Nesse ambiente globalizado, somente empresas competitivas e inteligentes poderão sobreviver, entendendo que o ser humano é o principal fator para o desenvolvimento de sua organização.
A necessidade da melhoria contínua da qualidade de seus produtos e serviços, redução de custos, equipes enxutas, produtividade crescente e diversificada, atualização tecnológica e profissionais altamente desenvolvidos retratam o ambiente organizacional competitivo.
Vale retratar também as necessidades individuais dos empregados/colaboradores. Maslow, um psicólogo e consultor americano, apresentou a chamada Teoria da Motivação – segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis formando uma pirâmide. Em sua base estão as necessidades mais baixas, chamadas de necessidades fisiológicas; no topo, as necessidades mais elevadas, as necessidades de autorrealização. As necessidades primárias são representadas pelas necessidades fisiológicas e de segurança e as necessidades secundárias são representadas pelas necessidades sociais, estima e autorrealização.
A área de RH e seus profissionais devem propor ações para que haja satisfação no ambiente de sua organização alinhada à sua estratégia. Preocupar-se com o treinamento e desenvolvimento, planejamento de carreira, clima organizacional, salários compatíveis com o mercado de trabalho, benefícios, participação nos resultados, retenção de seus talentos humanos são chaves para o sucesso de qualquer organização. Também não podendo esquecer de sua comunicação interna utilizando meios como a Intranet (notícias, informações e conhecimento) e o colaborador com a empresa (opinião, sugestões / críticas e conhecimento).
Para esse novo cenário que não é tão recente, mas que vem modernizando-se a cada dia, são necessários profissionais de RH mais apaixonados pelos dois elementos, pessoas e tecnologia. Pesquisando a área de RH em empresas de pequeno e médio porte pude observar que grande parte possui o RH Assistencialista, representado pelo profissional do antigo “DP – Departamento Pessoal”, que atua apagando fogo, que se responsabiliza por tarefas além das atividades de sua competência, como cálculo da folha de pagamento, mas também responde pela seleção e recrutamento, benefícios, treinamento e desenvolvimento, dentre outras atividades.
Este cenário é alvo de um RH Mecanicista com foco operacional e burocrático, reativo, lento e centralizador, com modelo voltado para produção. Porém, o RH que retratamos tem trazido mais resultados às organizações, por ser um RH Estratégico, direcionado por uma política e com diretrizes transparentes. Todos os gestores são parceiros da área de RH, com trabalho conjunto para uma cultura visionária, antecipando suas necessidades, sendo mais pró-ativo, ágil, apoiador e preocupado com o desenvolvimento integral de seus colaboradores.
A área de RH passa a ter um novo papel, muito mais estratégico e menos ferramental. Com isso, os profissionais da área deverão estar aptos a ler o contexto empresarial (cultura organizacional, modelos de gestão, ética e responsabilidade social, gestão de marketing, finanças e contabilidade gerencial, gestão do sistema de informação e fundamentos de direito nas relações de trabalho) compreendendo a função do RH como principal responsável pela gestão do capital intelectual, liderando equipes e processos.