Paulo Paiva
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Competência para competir

  • Competência para competir

O americano Gary Hamel e o indiano C.K. Prahald, escreveram um dos livros mais influentes de meados da década de 90 - Competindo pelo Futuro, e nesta obra, endossaram um dos termos que virou moda no mundo da administração: as competências essenciais.

Como profissional da área de RH, tenho percebido que no mundo corporativo, a palavra competência tornou-se ordem em qualquer área de trabalho. O termo “competência”, que propõem o significado de alguém qualificado para exercer determinado cargo, já descartou muita gente dos processos de seleção de pessoal.

E são muitos significados para o termo “competência”. Então, proponho utilizarmos a definição como a forma pelo qual o profissional irá interagir com o mercado de trabalho, disponibilizando suas características técnicas e comportamentais, em prol de resultados mensuráveis para a organização.

O nível de competência poderá ser medido por meio dos resultados obtidos, junto ao tempo utilizado, esforço e criatividade desenvolvida.

Portanto, para satisfazer às exigências do mercado é cada vez mais importante que o profissional possua uma visão global do ambiente de trabalho e desenvolva o maior número de competências técnicas e comportamentais para o seu sucesso. Como exemplo, podemos citar a qualidade no atendimento ao cliente, que exige habilidade de comunicação e relacionamento interpessoal.

O profissional, que não desenvolver e aprimorar competências, e deixar de construir seu próprio desenvolvimento pessoal, sem atitudes, está fadado ao insucesso. Para que isso não ocorra com você, trago logo abaixo uma pesquisa sobre competências, com referência de McCauley, em 1989, quando já havia elencado o atributo de “aprender depressa”, como uma das dezesseis competências essenciais.

- Ser uma pessoa de muitos recursos: adaptação às mudanças e situações ambíguas; ser capaz de pensar estrategicamente e tomar decisões assertivas, mediante pressão; liderar sistemas complexos de trabalho, adotar condutas flexíveis de resolução de problemas; capacidade de trabalhar de modo eficaz com os supervisores, diante de problemas complexos de gestão.

- Fazer o que sabe: perseverar e se concentrar diante de obstáculos: assumir; saber o que é necessário seguindo a diante; ser capaz de trabalhar aprendendo com os demais da equipe, ou pares.
- Aprender depressa: dominar rapidamente novas técnicas.
- Ter espírito de decisão: atuar com rapidez, de modo próximo às pessoas e com precisão.
- Administrar equipes com eficácia: delegar de maneira eficaz, ampliar oportunidades e demonstrar justiça diante de seus feitos.
- Criar um clima propício ao desenvolvimento: ampliar os desafios e as oportunidades para criar um ambiente que favoreça o desenvolvimento de sua equipe.
- Saber lidar com colaboradores, quando apresentam problemas: agir com decisão assertiva e equidade quando tratar colaboradores diante de problemas.
- Estar orientado para o trabalho em equipe.
- Formar times de talentos: contratar pessoas com potencial.
- Estabelecer boas relações na empresa: saber como estabelecer bons relacionamentos no trabalho; negociar quando houver problemas; conseguir cooperação.
- Ter sensibilidade: demonstrar interesse pelos colaboradores e sensibilidade diante das suas necessidades.
- Enfrentar os desafios com tranquilidade: apresentar atitude firme; contrapor opiniões e fatos com a base em dados; evitar censurar os outros pelos erros cometidos; ser capaz de sair de situações constrangedoras.
- Manter equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: estabelecer prioridades na vida profissional e pessoal de maneira harmoniosa.
- Conhecer-se: ter conhecimento profundo quanto aos seus pontos fracos e fortes e estar disposto a investir em si mesmo.
- Apresentar bom relacionamento: manifestar-se afável, acolhedor e demonstrar bom humor.
- Atuar com flexibilidade: capacidade para adotar comportamento que, à princípio, podem parecer opostos – exercer liderança e se deixa liderar, opinar e aceitar opiniões dos demais.

É importante ressaltar que ser competente já não basta mais; o diferencial hoje no mercado de trabalho é ser competitivo e estar competente, proporcionando resultados em curto prazo com interatividade no ambiente organizacional. Ter foco nos resultados e exercitar seu desenvolvimento e aprimoramento pessoal contínuo são essenciais.

Por tudo isso, é muito importante que o candidato a qualquer vaga de emprego, ao participar de uma entrevista, fale sobre resultados atingidos em seus últimos empregos. Ao falar sobre resultados alcançados, o profissional de RH, com domínio na metodologia de entrevista por competências, conseguirá extrair as competências existentes no perfil do candidato.

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