Paulo Paiva
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Comunicando para vencer

  • Comunicando para vencer

Que tal relembrar dos nossos primeiros anos de vida, de como éramos inteiramente dependentes de alguém para nos alimentar e dar segurança? Quando bebês, chorávamos por fome, sede, frio e para outras circunstâncias. Lógico, que de acordo com a ciência e a religião, já vínhamos praticando essa relação, ou seja, tínhamos uma comunicação com nossos pais muito antes de nascermos. Após alguns anos, muitas coisas mudaram em nossas vidas e outras necessidades surgiram. Vou iniciar essa reflexão a partir desta comunicação espontânea que surge por meio de uma necessidade.

Maslow, um psicólogo e consultor americano, apresentou uma teoria chamada teoria da motivação, na qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis que formam uma pirâmide. Em sua base estão as necessidades mais baixas, chamadas de necessidades fisiológicas, já no topo, estão as necessidades mais elevadas, de autorrealização. As necessidades primárias são representadas pelas necessidades fisiológicas e de segurança, e as necessidades secundárias são representadas pelas necessidades sociais, estima e autorrealização.

Porém, Frederick Herzberg, um outro psicólogo e consultor americano, professor de Administração, formulou a teoria dos dois fatores sobre a qual procurou explicar a satisfação e a não-satisfação das necessidades humanas básicas. Herzberg considera, separadamente, os fatores higiênicos (extrínsecos) e os fatores motivacionais (intrínsecos).

Embora tivéssemos todo o cuidado dos que nos cuidaram e preservaram em nossa infância, ficaram diversas necessidades que não foram satisfeitas até mesmo por não terem sido compreendidas, ou seja, traduzidas por nossos responsáveis. Somos seres evolutivos, que necessitamos nos comunicar e sempre aprender, buscando transformar sonhos em realizações.

Talvez, nem Maslow nem Herzberg estivessem absolutamente certos em suas teorias. Para mim, a maior necessidade dos seres humanos foi, ainda é e acredito que será a de se comunicar, seja na forma escrita, por códigos/sinais ou verbalmente, por meio das quais possam ser entendidos e atendidos quanto às suas necessidades.

A comunicação nada mais é do que a troca de informações entre uma ou mais pessoas que possibilita a socialização. Para o mestre em Ciência da Comunicação, Reinaldo Polito, a comunicação deve ser desenvolvida com assertividade, no lugar certo e trabalhando os sentimentos dos envolvidos.

Trazendo essa realidade para o ambiente organizacional, pude observar situações em que profissionais se colocam em autodefesa, utilizando muito mal sua forma de se comunicar. Existe um grande erro ao se expressar com extrema autoridade, com medo de ser esmagado por sua própria deficiência e em não saber comunicar-se assertivamente, obstruindo o direito do outro em expor seu ponto de vista. Sempre teremos algo a melhorar e a aprender, até mesmo para nos sentir compreendidos, inteligentes e necessários, porém, há necessidade do respeito.

Desde o final do século XX, as organizações vêm passando por uma fusão sobre competências técnicas e comportamentais de seus profissionais. Contudo, cada um deve estar centrado a dar o melhor de si, mantendo sempre o controle de suas emoções.

A cada dia, esses profissionais são surpreendidos com uma avalanche de deveres, sentindo-se pressionados pela cobrança no trabalho, pelo cotidiano, pelas dificuldades de se relacionar e lidar com suas necessidades e adversidades. Na década de 90, já havia sido muito difícil para as pessoas compreenderem a chegada da Era da Informação, com a Informática e a Internet, e logo depois, a chamada Era do Conhecimento, fez com que as pessoas venham desenfreadamente nessa busca para continuarem empregadas e competitivas ao mercado de trabalho. Em tempos atuais, parece que saber se comunicar tornou-se a competência número um, por meio da qual se diferencia um bom profissional do mal profissional.

Posso citar alguns motivos para sermos comunicadores assertivos: saber se comunicar de maneira correta reduz nossa ansiedade, deixa nosso corpo mais relaxado, possibilita a solução de problemas, nos torna mais objetivos e, acima de tudo, melhores profissionais.

Neste contexto, teremos que assumir nossas dificuldades e enfrentar algo muito maior do que nós mesmos; respeitando ao próximo e interpretando a vida a cada momento. O comunicador assertivo fala por si mesmo, possui uma expressão corporal que condiz com sua fala, e não tem medo de perguntar “Por quê?” e dizer “Não”. O importante é saber que você pode praticar uma comunicação ganha-ganha, fazendo-se entender e, acima de tudo, estabelecendo um relacionamento agradável.

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